AULA DE CAMPO com gosto de café!

Neste último dia 21 de Abril os alunos do 1ª Série do Ensino Médio do INTELECTUAL visitaram as instalações da Fábrica do Café Santa Clara. Orientados pelo Prof. Welerson Costa, a equipe ICC foi recebida pela jovem estagiária Milena (RH) que apresentou aos alunos o museu do café que contava com uma sala de maquetes das unidades da indústria, máquinas de torrefação e também um show room com cerca de 5.000 xícaras de café, inclusive duas dessas banhadas a ouro! Espetacular! Em função das fortes chuvas não foi possível visitar o processo de produção do café da torra até a embalagem, o que ficou para uma outra oportunidade.

A HISTÓRIA DO CAFÉ SANTA CLARA
O encontro com a primeira xícara de café. A história de Santa Clara começa em 1959, na cidade de São Miguel, interior do Rio Grande do Norte. Nesse ano, João Alves de Lima, um nordestino disposto a levar progresso à sua terra natal, começou a vender grãos crus de café de porta em porta. Com o tempo, Seu João passou a vender o café já torrado e moído, conquistando a clientela da região.









O café trouxe prestígio e poder político à nossa região, e foi com esse pequeno fruto que muitas riquezas de nossa terra foram conquistadas. Hoje, o grão deixou de valer ouro, mas continua enriquecendo paladares pelo mundo todo, e já que ele é tão presente em nossa vida, vamos mostrar todo processo de cultivo e colheita do café em um passeio por uma fazenda de Bragança Paulista.


Dos trilhos vieram a clássica economia que é cultivada desde o período da escravidão em uma fazenda na região Bragantina. Nosso ponto de partida é a colheita, realizada entre maio e agosto, depois de um estudo detalhado, como conta o gerente de relações comerciais, Rodrigo Anunciato. “A gente faz análises sensorias e químicas do café, para quando chegar o momento da colheita, os operadores de campo saibam corretamente em quais áreas deve entrar para colher os cafés”.


A lavoura fica na encosta da Serra da Mantiqueira, onde a temperatura fica em torno dos 25º, que é ideal para cultivar seis variedades. Em uma das áreas é colhido o café amarelo, e os grãos são muito bem selecionados, explica o gerente de campo José Adil Braggion. “Pegar fruto a fruto maduro, para se ter melhor qualidade de bebida. Não se deve deixar o fruto cair no chão, porque os frutos do chão podem ficar contaminados com gosto de terra, fermentação, aí não teria a melhor qualidade de bebida.” O operador de campo completa. "Se você quiser uma qualidade boa tem que ser assim, se você não colher um por um, não terá a qualidade que o mercado exige".

Ao todo são dois milhões de pés espalhados em 360 hectares. Cada funcionário chega a colher 50 kg por hora, mas alguns tipos de grãos podem ser colhidos pela máquina, que retira uma tonelada por hora.


Todo esse trabalho é apenas uma etapa do longo caminho que o café tem que percorrer até a mesa do consumidor. Depois de colhidos, os grãos são lavados e uma parte deles, considerada nobre, fica por 15 dias neste terreiro suspenso para secar. Essa parte é fundamental para garantir a qualidade. “Os grãos ficam suspesos para unformizar, para que no momento da torra, os grãos fiquem uniformimente bem torrados, não tendo uma desigualdade de torra, interferindo no sabor e aroma”, conta Rodrigo.


O grão comum vai para o terreiro tradicional, e nos reservatórios o café faz uma longa parada. São 30 dias de descanso para preservar as características originais, e só então eles são separados da casca e embalados. Neste ano a safra deve ser de 300.000 kg, metade do que foi produzido no ano passado, isso porque a boa safra só acontece a cada dois anos. “Dos 100% total da colheita, 80% a gente exporta e o outros 20% que são também de qualidade de exportação a gente usa na nossa marca própria torrado em grão e torrado moído no mercado doméstico”, completa o gerente de relações comerciais. Parte da produção destinada ao mercado interno vai para a torrefação. Três toneladas de café são torradas e vendidas por mês. Fim da linha, e o nosso passeio pelo tradicional aroma brasileiro termina em uma cafeteria no estilo das estações ferroviárias, uma bebida ideal para qualquer viagem.


Fonte: VNews | Comunidade Manejo da Lavoura Cafeeira
 A produção de café no Brasil é responsável por cerca de um terço da produção mundial de café,[1] o que faz o país ser de longe o maior produtor - uma posição mantida nos últimos 150 anos.[2] [3] Em 2012 foram produzidas 50 milhões de sacas, totalizando 3 milhões de toneladas[4] . Em 2009 foram produzidas 2368 milhões de toneladas[5] ou 2440, de acordo com dados consolidados da FAO[6] . Em 2007 cerca de 70% da produção foi de café arábica[7] , no entanto, apenas 4,26% do café exportado em 2009 foi do tipo robusta[8] . Apesar de o Brasil ser o maior produtor mundial, o mercado global não é dominado apenas por empresas brasileiras. O Brasil é também, o maior exportador do mundo.
Introdução do cultivo e primórdios da cultura (1727-1850)

O cafeeiro não é nativo das Américas e sim das estepes da Etiópia, por isso ele deve ter sido artificialmente introduzido no Brasil. O primeiro pé de café teria sido plantado no estado do Pará, em 1729.


De acordo com a lenda, o governador do Brasil estaria procurando tomar uma parcela do mercado de café e teria enviado Lt. Col. Francisco de Melo Palheta para que roubasse sementes da Guiana Francesa, sob o pretexto de mediar uma disputa de fronteiras. Em vez de tentar penetrar nas fortemente guardadas fazendas de café, Palheta usou seu charme pessoal para persuadir a Primeira Dama. Incapaz de resistir ela deu a ele uma muda da planta num jantar de Estado na sua despedida antes de voltar para o Brasil.


O café apenas passa a ter importância nos mercados internacionais no correr do século XVIII, em que se transforma no principal alimento de luxo nos países do Ocidente, e é esse fato que estimula a sua cultura nas colônias tropicais da América e da Ásia. No entanto, o Brasil entra apenas tardiamente na lista dos grandes produtores, como explica Caio Prado Jr.:


"Apesar de sua relativa antiguidade no país, a cultura do café não representa nada de apreciável até os primeiros anos do século [XIX]. Disseminara-se largamente no país, do Pará a Santa Catarina, do litoral até o alto interior (Goiás); mas apesar dessa larga área de difusão geográfica, o cafeeiro tem uma expressão mínima no balanço da economia brasileira. Sua cultura, aliás, destina-se mais ao consumo doméstico das fazendas e propriedades em que se encontra. Comercialmente seu valor é quase nulo."[12]


Devido à diversidade de regiões ocupadas pela cultura do café, o País produz tipos variados do produto, fato que possibilita atender às diferentes demandas mundiais, referentes ao paladar e até aos preços. Essa diversidade também permite o desenvolvimento dos mais variados blends, tendo como base o café de terreiro ou natural, o despolpado, o descascado, o de bebida suave, os ácidos, os encorpados, além de cafés aromáticos, especiais e de outras características.



O setor cafeeiro conta com o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), criado pelo Decreto-Lei nº 2.295/86 e estruturado pelo Decreto nº 94.874/87, que se destina ao desenvolvimento de pesquisas, ao incentivo à produtividade e à competitividade dos setores produtivos, à qualificação da mão de obra e à publicidade e promoção dos cafés brasileiros, nos mercados interno e externo, priorizando as linhas de financiamento para custeio, colheita, estocagem e aquisição de café, entre outros instrumentos de política agrícola.

Em parceira com este Ministério, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por intermédio da unidade Embrapa Café, coordena o Consórcio Pesquisa Café, o qual tem como objetivo o desenvolvimento de tecnologias que promovam sustentabilidade, competitividade, inovação e desenvolvimento tecnológico da cafeicultura brasileira.

Em 2015 foram disponibilizadas linhas de crédito para financiamento do setor cafeeiro, com recursos do Funcafé de até R$ 4,136 bilhões: Custeio - R$ 950 milhões, Estocagem - R$ 1,56 bilhão, Aquisição de Café (FAC) - R$ 750 milhões, Contratos de Opções e de Operações em Mercados Futuros - R$ 10 milhões, Capital de Giro para Indústria de Café Solúvel - R$ 200 milhões, Capital de Giro para Indústria de Torrefação - R$ 300 milhões, Capital de Giro para Cooperativa de Produção - R$ 400 milhões, e Recuperação de Cafezais Danificados - R$ 20 milhões. Os beneficiários dessas linhas são produtores, cooperativas, indústrias torrefadoras e de café solúvel, beneficiadores e exportadores.


Café no Brasil

O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, e segundo maior consumidor do produto, apresenta, atualmente, um parque cafeeiro estimado em 2,25 milhões de hectares. São cerca de 287 mil produtores, predominando mini e pequenos, em aproximadamente 1.900 municípios, que, fazendo parte de associações e cooperativas, distribuem-se em 15 Estados: Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Com dimensões continentais, o país possui uma variedade de climas, relevos, altitudes e latitudes que permitem a produção de uma ampla gama de tipos e qualidades de cafés.

A cafeicultura brasileira é uma das mais exigentes do mundo em relação a questões sociais e ambientais, havendo uma preocupação em garantir a produção de um café sustentável. A atividade cafeeira é desenvolvida com base em rígidas legislações trabalhistas e ambientais. São leis que respeitam a biodiversidade e todas as pessoas envolvidas na cafeicultura e pune rigorosamente qualquer tipo de trabalho escravo e/ou infantil nas lavouras. As leis brasileiras estão entre as mais rigorosas entre os países produtores de café.


Os produtores brasileiros preservam florestas e fauna nativa, controlam a erosão e protegem as fontes de água. A busca do equilíbrio ambiental entre flora, fauna e o café é uma constante e assegura a preservação de uma das maiores biodiversidades do mundo.


Atualmente, o café é fonte imprescindível de receita para centenas de municípios, além de ser o principal gerador de postos de trabalho na agropecuária nacional. Os expressivos desempenhos da exportação e do consumo interno de café implicam na sustentabilidade econômica do produtor e de sua atividade.


Ano a ano aumentam os investimentos em certificações, que promovem a preservação ambiental, melhores condições de vida para os trabalhadores, melhor aproveitamento das terras, além de técnicas gerenciais mais eficientes das propriedades, com uso racional de recursos. O volume expressivo de cafés sustentáveis produzidos anualmente e a alta qualidade e diversidade das safras brasileiras fazem do Brasil um fornecedor confiável e capaz de atender às necessidades dos compradores internacionais mais exigentes.


Números

O Brasil, em 2015, manteve sua posição de maior produtor e exportador mundial de café e de segundo maior consumidor do produto. A safra alcançou 43,24 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado. O cultivo majoritariamente está presente nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia, Paraná e Goiás, que correspondem a cerca de 98,65% da produção nacional. Outros Estados produtores respondem por 1,35% da safra: Acre, Ceará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Pará, Mato Grosso e Rio de Janeiro.

A produção de café arábica foi de 32,05 milhões de sacas e de 11,19 milhões de café conilon, com uma área plantada de 2,25 milhões de hectares e uma produtividade estimada de 22,49 sacas por hectare, de acordo com o levantamento da Conab divulgado no mês de dezembro de 2015.

De janeiro a dezembro de 2015, o café representou 7% das exportações do agronegócio brasileiro, ocupando a 5ª posição no ranking, com receita de US$ 6,16 bilhões, o equivalente a 37,1 milhões de sacas de 60kg. Os principais destinos foram os Estados Unidos, Alemanha, Itália, Japão e Bélgica.

Emprego

A cadeia produtiva de café é responsável pela geração de mais de oito milhões de empregos no país, proporcionando renda, acesso à saúde e à educação para os trabalhadores e suas famílias. Em algumas regiões cafeeiras, programas de inclusão digital capacitam jovens e adultos, ensinando noções básicas de computação e acesso à Internet.

História

Conta uma lenda que, por volta do ano 800, um pastor da Abissínia (atual Etiópia) resolveu levar até um monge o fruto de uma planta que, segundo ele, deixava o rebanho alegre e bem disposto quando a ingeria. O monge experimentou uma infusão daqueles frutos amarelo-avermelhados e percebeu que realmente o ajudava a ficar mais tempo acordado durante as suas meditações. O conhecimento do efeito do café chegou então ao Norte da África e entrou no mundo árabe em meados do século XV.

Apesar dos árabes terem tomado medidas para manter o monopólio da produção de café, os holandeses conseguiram contrabandear os frutos frescos para as suas colônias asiáticas (Java, Ceilão e Sumatra) e, depois, para as Antilhas Holandesas, na América Central. Na Europa, inicialmente, era consumido como remédio para combater vários males. Só a partir do século XVII começou a ser adotado como bebida.


O café é sinônimo de progresso e ocupa uma parte muito importante na história do Brasil. E foi no século XVIII (1727) que entrou no país, pelo Pará, e adaptou-se facilmente ao clima brasileiro e instalou o seu reinado. Em 1830, o café já era o principal produto brasileiro de exportação.


Uma curiosidade é que as grandes plantações brasileiras surgiram de um único pé. Um cafeeiro de Amsterdã deu origem aos primeiros cafés plantados no Suriname, na Guiana e no Brasil. Um cafeeiro carioca também iniciou a produção nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Uma única planta de Jundiaí, interior de São Paulo, originou os cafezais de Campinas e regiões circunvizinhas. Os primeiros cafezais brasileiros foram, portanto, descendentes de uma única espécie, a Coffea arabica L. (café arábica). Foi apenas na década de 80 que a espécie Coffea canephora (café robusta ou conilon) passou a fazer parte da pauta de produção brasileira.


Tipos de café

O Brasil tem condições climáticas que favorecem o cultivo do café em 15 regiões produtoras. Essa diversidade garante cafés variados de Norte a Sul do País.

Diante de diversos climas, altitudes e tipos de solo, os produtores brasileiros obtêm variados padrões de qualidades e aromas, entre as duas espécies cultivadas, o café arábica e o café robusta, os quais apresentam uma grande variedade de linhagens.
O café arábica (Coffea arabica L.) permite ao consumidor degustar um produto mais fino, requintado e de melhor qualidade. Originalmente produzido no oriente, este tipo de café é cultivado em altitudes acima de 800m. Predomina nas lavouras de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia, Rio de Janeiro e em parte do Espírito Santo.O café robusta ou conilon (Coffea Canephora) é usado para a fabricação de cafés solúveis e apresenta um sabor único, menos acidez e teor de cafeína maior. Predomina nas lavouras do Espírito Santo, em Rondônia e em parte da Bahia e de Minas Gerais.
O Brasil desenvolve o maior programa mundial de pesquisas em café. Avanços significativos da cafeicultura brasileira estão relacionados a pesados investimentos em pesquisas em áreas importantes, como o melhoramento genético, biotecnologia e manejo de pragas, desenvolvidas anualmente pelo Consórcio Pesquisa Café, rede integrada de instituições brasileiras de pesquisa.
O Consórcio contempla cerca de 45 instituições de ensino, pesquisa e extensão rural para fomentar a pesquisa cafeeira no país e promove o maior programa de pesquisa de café do mundo. Contando com investimentos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), além de outras fontes federais e estaduais, o Consórcio Pesquisa Café, em 17 anos, executou cerca de 4.500 planos de ações de pesquisa nas mais diversas etapas da cadeia produtiva do café. A transferência da tecnologia gerada e a organização das informações acumuladas também são prioridades do Programa de Pesquisa, fazendo com que os resultados alcancem o setor produtivo e sejam percebidos pelos consumidores em geral.

A evolução da cafeicultura brasileira demonstra a importância dos trabalhos de pesquisas, concentradas nas áreas de melhoramento genético, biotecnologia, segurança alimentar, otimização do sistema produtivo, manejo integrado de pragas e doenças, cafeicultura irrigada, zoneamento climático, colheita e pós-colheita, aperfeiçoamento de processos e desenvolvimento de equipamentos. Entre as principais tecnologias desenvolvidas pelo Consórcio, destacam-se:


• Desenvolvimento de 31 variedades de cultivares de alta produtividade e resistência às principais pragas e doenças do cafeeiro;


• Sequenciamento do genoma café;


• Biofábricas;


• Sistema de produção de café irrigado;


• Adubação fosfatada;


• Poda programa do café Conilon;


• Sistema para Limpeza de Águas Residuárias (SLAR);


• Tecnologias para preparo, secagem e armazenamento de grãos;


• Geotecnologias na cafeicultura;



• Alerta Geadas;


• Programa Café Seguro; e,


• Programa Treino e visita.


Mais informações


www.consorciopesquisacafe.com.br





E esse início tardio da produção de café para exportação se explica pela mineração no séc. XVIII, pois é apenas no fim desse século que vemos um "renascimento" agrícola no País, e durante esse período o açúcar ainda gozava da preferência dos agricultores. É somente com a "decadência das lavouras tradicionais" (cana-de-açúcar, algodão e tabaco), [que] vemos um "deslocamento da primazia econômica", do Nordeste para o Sudeste . Outro fator que estimulou a produção de café brasileiro foi a independência dos Estados Unidos que fez com que aquela crescente nação evitasse a todo custo comprar produtos da sua antiga metrópole (os principais produtores no séc XVIII eram as colônias asiáticas inglesas e holandesas).

A indústria cafeeira dependia do trabalho escravo e na primeira metade do séc. XIX 1.5 milhão de escravos foram importados para o Brasil a fim de suprir as necessidades das plantações no Sudeste. Com a proibição do tráfico externo em 1850, os cafeicultores passaram progressivamente a contar com mão-de-obra imigrante européia nas fazendas.[14]

Ciclo de 1857-68

Durante todo o séc. XIX a produção brasileira se deu num contexto de mercado livre, com os preços flutuando "sem apresentar qualquer tendência", sendo explicados em boa parte pelo movimento dos níveis gerais de preços, e mostrando um comportamento oscilatório devido a descompassos entre oferta e demanda[15] .


Em meados do século o Brasil já era o maior produtor mundial. Depois da Crise de 1857, os preços começam a subir graças à recuperação da demanda européia e a limitações na oferta graças aos estragos na lavoura provocados pela mariposa-do-café e pelo encarecimento da mão de obra escrava, principalmente no Rio de Janeiro. Adicionada à estabilidade cambial do período, os altos preços incentivaram a expansão das lavouras.

Oeste Velho e Novo Oeste Paulista

Foi na região do Vale do Paraíba que o café estabeleceu-se como forte produto da cadeia exportadora nacional, tornando o grão o principal produto exportado pelo país. Todavia, já nos idos de 1850, o esgotamento das áreas e a perda da fertilidade do solo, fez a produção expandir-se à região oeste do Rio de Janeiro, no Estado de São Paulo. As principais cidades dessa nova área de expansão foram Campinas, Limeira, Bragança Paulista e Amparo que, por muitos anos, foram as maiores produtoras nacionais. A denominação Oeste Velho advém dos fatos de tratar-se da primeira região expandida após o Vale do Paraíba paulista, bem como por conciliar estruturas agrário-sociais da área anterior com as das áreas paulistas mais à oeste. Conviveu com o trabalho escravo e do imigrante assalariado; seus fazendeiros possuíam uma mentalidade intermediária entre a Aristocracia cafeeira e a Burguesia do Café, a última predominante no Novo Oeste paulista, que tem na cidade de Ribeirão Preto sua maior exemplar.

Convênio de Taubaté


Durante o advento da República Velha, mais especificamente da "República Oligárquica", iniciada em 1894, o café já era o principal produto de comércio de exterior do país, garantido grande recebimento de divisas. Mas as dificuldades de comercialização, principalmente a partir da Crise de 1893 que atingiu severamente os Estados Unidos,um dos maiores consumidores, levaram a que fazendeiros e produtores recorressem à intervenção do governo federal, o que foi formalizada com o Convênio de Taubaté assinado em 1906 com os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Com essa medida, o governo federal passou a agir diretamente no mercado de café e assegurava o apoio político e financeiro dos governadores das regiões produtoras. Essa intervenção do Estado em prol de uma classe de produtores rurais, aumentou no país a "concentração de renda" [16] e atrasou o desenvolvimento de outros setores, como o industrial, além de adiar o fim do "ciclo do café", que ocorreria apenas com a Revolução de 30. Posteriormente, o plantio de café se expandiu para o norte do Paraná por volta dos anos 50.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3o_de_caf%C3%A9_no_Brasil

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