Crianças obesas: quem se importa?


O INTELECTUAL Colégio e Curso vem trabalhando o tema: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, nos seminários, cartazes e com os professores juntos aos alunos. A escola recomenda aos pais que fiquem atentos a alimentação dos seus filhos e tomou medidas radicais há bastante tempo visando a saúde dos alunos.

Ideias consolidadas culturalmente como a de que a 'criança pode comer tudo' ou a de que 'criança gordinha é saudável' emperram a dedicação de famílias na formação de hábitos alimentares saudáveis. Somado a isso, a publicidade dirigida às crianças impulsiona o consumo por alimentos calóricos e pobres nutricionalmente. E em Minas, apesar de existir uma lei que regula a alimentação dentro das escolas, a regra não é seguida principalmente na rede particular.

Começamos essa matéria com a repetição de uma estatística que evidencia a preocupação da Organização Mundial Saúde (OMS) quando alerta para uma epidemia de obesidade: uma em cada três crianças brasileiras de 5 a 9 anos está acima do peso. Por mais que esse número seja repetido à exaustão, pediatras, nutricionistas e endocrinologistas afirmam que a cada dia recebem mais pacientes nessas condições. Pesquisa recente da UFMG reforça o alarde: 39% dos alunos de escolas particulares de BH estão acima do peso (saiba mais). De quem é a culpa? A reposta pode levar a um dos grandes dilemas atuais da sociedade. Sabemos que família e escola são os principais atores para incentivar hábitos alimentares saudáveis. Mas outros fatores influenciam esse consumo e talvez um dos mais perversos seja a publicidade dirigida a meninas e meninos. Com discurso sofisticado, associa alimentos muito calóricos e poucos nutritivos ao universo infantil e dificulta a negativa dos cuidadores. Além de a relação com a comida passar culturalmente pelas demonstrações de afeto e amor, não é fácil – e quem é pai ou mãe sabe muito bem disso –, lutar contra o fluxo consumista que pauta a contemporaneidade.

 É possível ser feliz com uma alimentação saudável
A nutricionista Cláudia Guimarães trabalha com educação e reeducação alimentar há 18 anos e estava na equipe que redigiu o texto da Lei nº 18372/2009. Para ela, é de fundamental importância o papel da escola na formação de hábito alimentar da criança e do adolescente. “As instituições precisam enxergar a educação de uma forma ampla, que vai além de ensinar a ler e escrever. Falta entendimento de que a alimentação faz parte da educação”. A especialista diz que, principalmente para a criança, “tudo que acontece dentro da escola é referência para meninos e meninas. É a oportunidade que eles têm de criar bons hábitos alimentares. Cada um tem que assumir o seu papel e a escola tem que fazer o seu”.

Do ponto de vista familiar, a nutricionista aponta crenças como a de que ‘criança pode comer tudo’ ou ‘deixa comer o que quiser’ como dificultadores da formação de bons hábitos. “Mas é na infância que vão se desenvolver o paladar para coisas boas e coisas ruins”, alerta. Isso não significa que uma criança não possa ir a uma festa e comer bobagens, ela ressalva, mas esse consumo tem que ser exceção. “O dia a dia tem que ser de alimentação saudável”, reforça.
 

Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/02/19/noticia_saudeplena,147595/criancas-obesas-e-dai.shtml

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